11 de abr. de 2013

Estimulando o seu bebê!





Estimulação facilitada do bebê (e não acelerada) = Brincadeira Bebê

Qual é o melhor brinquedo para cada faixa etária de meu bebê? * Como posso estimulá-lo sem invadir meu bebê? * Como posso distrair meu bebê? A primeira coisa que eu respondo é como os bebês se desenvolvem e para tanto começo minha frase dizendo: o bebê vai conquistando o controle de sua percepção pela boca, pescoço, espinha dorsal, braços, mãozinha, pernas e pés. A segunda coisa que faço é explicar em linhas gerais como se dá o desenvolvimento neuro-motor do bebê:  trimestre: controle gradual e progressivo da cabeça/pescoço  trimestre: controle gradual do tronco  trimestre: controle gradual da cintura e região pélvica  trimestre: controle gradual do corpo como um todo e principalmente das perninhas Bem, tendo em vista esse resuminho, já podemos falar um pouco sobre estimulação de bebês ou de brincadeira de bebês. Lembrar : as indústrias de brinquedos lançam e investem no mercado do consumo infantil (ou consumo de adultos?) milhões de produtos e nós somos dirigidos a pensar que se não adquirirmos esses produtos, nossos filhos não serão bem estimulados e ficaram menos alegres ou menos inteligentes. Na verdade, o melhor estímulo para os bebês é a companhia humana e brinquedinhos simples que podem estimular a criatividade e o lúdico. Portanto, os humanos são os brinquedos preferidos dos bebês. Vamos lá – dica de brinquedos (brincadeiras) por faixa etária RN – 6 semanas: nesta fase a alimentação, o sono e o aconchego da mamãe (e do papai) é tudo de bom e de estimulante para o bebê. Quando você estiver trocando a fralda, dando banho em seu bebê, aproveite para sinalizar o que vai fazer, converse com ele, cante musiquinhas calmas e alegres e aproveite a claridade da janela e o movimento da rua para estimular um pouco os órgãos dos sentidos de seu filhinho. 6 a 12 semanas: enquanto o bebê estiver acordado mantenha-o perto de você – leve-o para o escritório enquanto estiver dando uma olhada no conteúdo de seu computador ou enquanto você faz alguns afazeres da casa. Convide-o para lhe acompanhar até a sala e escutar uma música calma. Caso você perceba que ele está ficando irriquieto, choroso, é sinal que ele já está cansado e quer mamar ou fazer um soninho. Os móbiles podem ser legais neste início de vida, desde que sejam lentos e a musica seja calma e os estímulos luminosos sejam muito suaves ou não existam. Lembrem-se o bebê nessa fase não possui visão tri dimensional. Portanto mega brinquedos não serão úteis neste momento. Não sejam tão afoitos. Evitem chocalhos nesta faixa etária, pois o bebê ainda não fixa a retina e se estressam com o movimento do brinquedo e suas mãos não conseguem agarrá-lo. 3 a 6 meses:que fase linda do bebê – ele brinca sozinho no berço ou no bebê conforto por 15 ou 20 minutos e depois começa a fazer manha. Pode ser a hora da soneca ou então ele deseja mudar de posição ou de estímulo. Está na fase do sorriso cativante e adora quando os adultos sorriem para ele. Gosta de brincar e “conversar” com a mãe e familiares e seu controle de braços e tronco estão mais desenvolvidos e por isso prefere mexer nos brinquedos coloridos dependurados no berço ou no carrinho, gosta de chocalhos e bobes de cabelo (adoram sentir a textura dos objetos). Aprecia que toque seu corpinho, que lhe faça uma massagem relaxante e gosta de descobrir as próprias partes do corpo – ‘as vezes, se machuca e chora com o próprio toque desajeitado. Gosta de ver sua imagem refletida no espelho e adora quando o reflexo de si próprio sorri para ele. Quando está de barriguinha para baixo, ergue o tronco e estica os bracinhos para pegar algo que esteja chamando sua atenção. 6 a 9 meses: o bebê já permanece acordado por cerca de 2 horas seguidas e pode se divertir sozinho ao redor de 30 minutos, mas não gosta de ficar sempre na mesma posição. Adora o movimento dos móbiles, sentir as formas dos objetos, sentar com apoio, vivenciar as formas e texturas dos objetos pelo toque das mãozinhas e pela boca – gosta de jogar as coisas no chão e saber que um adulto pode pegá-las e dar para ele jogar novamente. Apreciam rolar sobre o próprio eixo e alcançar objetos atraentes a distância. Gosta de livrinhos com figuras grandes e coloridas, musiquinhas alegres e principalmente cantadas pela mãe. Solicita o colinho quando está cansado ou entediado. Passeios ao ar livre os estimula e o diverte – favorece o relacionamento social. É uma fase marcada pela mudança de posição corporal: da visão do mundo na posição deitado para a visão de mundo na posição sentado! Pensem, é uma grande conquista para o bebê. 9 a 12 meses: o bebê está rumo a independência relativa – caminhar com as próprias pernas. Brinca por cerca de 45 minutos e seu cérebro parece uma esponja – absorve muiiiiiiiiiiito conhecimento do mundo a sua volta. Adora brincar com cubos de encaixe, encaixa pinos, colocar coisas dentro de caixas e depois tirá-las, encaixa pinos, adora introduzir o dedinho em diversos buraquinhos: almofadas, sofá, TV, aparelho de som – todo cuidado é pouco! Adoram almofadas enormes para se jogar ou se encostar, potes plásticos coloridos e de diversas formas e tamanhos, colheres, caixas de papelão para brincar de entrar e sair, engatinhar pelo espaço disponível e seguro, andar com o apoio de um adulto e explorar o ambiente. É a fase de estranhar as outras pessoas, pois não reconhece nelas o rosto da mãe. É um sinal positivo, porque demonstra que o bebê fez um bom vínculo com sua mãe e sabe que pode confiar neste rosto amigo. Adotam um “objeto de amor” (ursinho, boneco, paninho, ou outro) e dele não se separa, principalmente quando está cansado, quando vai dormir ou quando a mãe se ausenta. Começa a aprender a relação de causa e efeito (se eu fizer isso, pode acontecer aquilo), a introjetar a noção de limites pela aquisição da palavra Não imposta pelo adulto frente a noção de perigo. Está em contato com os meandros da frustração: não conseguir encaixar todos os cubos no lugar certo, o brinquedo não funcionar conforme seu desejo. O bebê inicia o exercício da paciência consigo mesmo e com os outros por meio de tarefas repetidas entre outras atividades. O mais importante de tudo – Brincar é coisa seria para a criança, pois proporciona ajuste emocional, social e permite a exploração segura do mundo que a rodeia, favorecendo o experimentar da vida. A experiência de ser cientista, desbravador e aventureiro de um mundo temporariamente neutralizado pelo amor e carinho de seus pais. Brincar é saúde mental.